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Caixa de Pandora

24 anos. Enfermeira, com palavras nas pontas dos dedos.

Caixa de Pandora

24 anos. Enfermeira, com palavras nas pontas dos dedos.

Perdeu-se.

Fevereiro 04, 2014

Um borrão negro e profundo impossibilitava-me de ver alguma coisa, por momentos lembrei-me a alma do Diabo de tão semelhares que eram. Negro, profundo, sombrio. Não, não era a alma do Diabo que se assemelhava, era a minha. Sentia-a a sair-me do peito, partiu-se em quatro bocados incandescentes, cada um deles significava todo o amor, inocência, esperança e coragem que um dia perderam-se naqueles pálidos e tristes dias. Lembro-me de como o sol espreitava por entre as nuvens enraivecidas e chorosas, ameaçando explodir a qualquer instante de tão negras que estavam, tal como a minha alma já perdida. Alma vingativa, alma rancorosa, alma impura e imunda, nela incorporados os sete pecados mortais. Mas já nada importava, foi-lhe arrancada qualquer resto de vida, é agora inexistente, com pouca ou nenhuma história para contar.

Já não é nada, nunca foi nada, nem nada será.

hope © 2010 - 2020

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